YES - "90125"
Até hoje esse album não tem meio termo. Ou se ama, ou se odeia. Lembremos que o início dos anos 80´s se confundem com o surgimento da MTV - responsável direta pela degradação da música enquanto instituição cultural. O mapa de todo esse lixo, essa "herança" pseudo-cultural que a mídia "evangeliza" pelos dias atuais, estava começando a ser desenhado ali, naquela época. Se tudo tocava na MTV era legal; se não tocasse, não servia, tava "fora de moda". Esse era e ainda é o pensamento de um cidadão médio. Todos sabem que àquela altura do certame, o rock progressista ou progressivo, como queiram, estava praticamente fora dos grandes veículos de comunicação, ou seja: à margem das grandes redes de TV ou rádio (as transmissões corporativas via satélite só vieram contribuir ainda mais para esse quadro de hipnose em massa, onde se cria falsas sensações do que é o certo ou errado). Não que o movimento do Rock Progressivo estivesse acabado, virado cinzas - ele nunca deixou de produzir!! Ele continou e continua com toda força, sempre revelando ótimos músicos, bandas e canções. Mas algumas bandas, no final dos 70´s, perceberam - ainda que de forma errada - que precisavam de uma reciclagem. No início dos 80´s a bola da vez era o The Police (muitas bandas nessa fase passaram a soar como um pastiche do trio inglês) e também foi uma época marcada pelo surgimento da superbanda ASIA, que era composta por membros dissidentes de vários baluartes do Rock Progressivo, que teve o seu sucesso alavancado pela MTV, ainda que tivessem ÓTIMAS composições. Tudo bem, normal. Mas esse direcionamento mais comercial teve proporções desastrosas junto aos fãs mais puristas do gênero. Por outro lado, arrebanhou mais uma legião de novos fãs. O Yes, de carona no sucesso comercial do Asia, enveredou por esse caminho. Não que o Rock Progressivo precisasse de "modernices"; muito pelo contrário: é e sempre será um estilo de vanguarda, sempre à frente do seu próprio tempo, partindo desse princípio, o Rock Progressivo nunca vai passar e tão pouco envelhecer. 90125 é sim, um dos melhores albuns do Yes, em toda sua carreira; mas no entanto, temos que separar as eras e analisar individualmente a discografia dos caras. Se formos comparar esse com aquele outro album, não vamos sair do lugar e na arte não funciona assim.
Fonte: Hard Blogmp3
- Jon Anderson / vocals
- Chris Squire / bass & vocals
- Tony Kaye / keyboards
- Alan White / drums
- Trevor Rabin / guitars & vocals
Album track list1. Owner Of A Lonely Heart (4:27)
2. Hold On (5:15)
3. It Can Happen (5:39)
4. Changes (6:16)
5. Cinema (2:09)
6. Leave It (4:10)
7. Our Song (4:16)
8. City Of Love (4:48)
9. Hearts (7:34)
Bonus Tracks:
10. Leave It (Single Remix) (3:56)
11. Make It Easy (6:12)
12. It Can Happen (Cinema Version)
(6:05)13. It's Over (5:41)
14. Owner Of A Lonely Heart (Extended Remix) (7:05)
15. Leave It ('A Capella' Version) (3:18)
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Ouvindo: My God, Jethro Tull
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